Flávia Camargo: a escritora que transforma a maternidade em inspiração

Flávia Camargo é uma autora que escreve com o coração de mãe. Em cada livro, em cada página, sua literatura carrega a marca da maternidade, seja como tema central, seja como sensibilidade que molda o olhar.

Seus textos são feitos de sentimentos, de escuta, de um jeito singular de transformar a experiência pessoal em afeto compartilhado. Escritora de sete livros publicados entre 2010 e 2025, Flávia construiu uma trajetória literária que acolhe, conforta e toca fundo.

Neste Dia das Mães, celebramos sua jornada, uma mistura de coragem, delicadeza e amor, e como ela faz da palavra um gesto de conexão com o outro e com a vida.

Desde cedo as palavras a encontraram

Flávia sempre soube que queria ser escritora. Ainda menina, aos 10 anos, escrevia rascunhos de livros nos cadernos escolares.

Desde então, encontrou na escrita um espaço íntimo, uma forma de organizar emoções e registrar o que sentia.

Aos 26 anos, percebeu que já carregava consigo uma bagagem emocional e reflexiva suficiente para transformar suas vivências em histórias capazes de alcançar outras pessoas. “Senti que podia oferecer algo valioso através das minhas palavras”, conta. Foi o início de uma caminhada que faria da literatura seu modo mais verdadeiro de existir no mundo.

A maternidade como ponto de partida e permanência

Ser mãe mudou e aprofundou tudo. Mãe de três filhos (Dois na terra e um no céu), Flávia diz com naturalidade que a maternidade trouxe mais sensibilidade à sua escrita, além de um novo olhar para as sutilezas do cotidiano.

Esse impacto aparece de forma explícita em seu livro mais recente, “Enquanto Vocês Crescem” (2025), uma obra nascida da observação do tempo, dos gestos pequenos, da experiência de ver os filhos se tornarem quem são.

“Foi um livro que exigiu paciência, espera. Eu precisei deixar a vida acontecer até que os aprendizados tivessem corpo para virar páginas”, conta.

O resultado é um retrato íntimo, um espelho da sua alma; onde estão guardadas memórias, valores, descobertas e muito amor.

Transformar a dor em ponte

Entre seus livros mais marcantes está “Quatro Letras” (2016), escrito após a perda de seu filho recém-nascido. Com coragem e sensibilidade, Flávia fez da dor um ponto de partida para a escuta e o acolhimento.

“Meu propósito foi registrar o caminho que percorri dentro de mim, buscando uma cura possível”, diz. Para ela, escrever sobre a dor não é revivê-la, mas dar a ela uma forma que possa servir ao outro. “A dor é universal. O que muda são os caminhos. Quando a gente compartilha o nosso, pode ajudar alguém a encontrar o seu.”

Esse gesto de transformar experiências em palavras que acolhem é o que faz da sua literatura algo tão especial.

Palavras que nascem do cotidiano

O processo criativo de Flávia é sutil. Tudo começa com uma observação, uma reflexão diante de algo simples, um gesto, uma conversa, uma memória. Ela anota essas ideias, deixa que cresçam, que amadureçam, até que estejam prontas para virar texto.

“Gosto de registrar os sentimentos que surgem com os pequenos acontecimentos”, explica. A influência da Logosofia, assim como de autores brasileiros que escrevem romances e dramas, também está presente em sua maneira de construir narrativas que tocam e convidam à introspecção.

Leitores que se tornam encontros

Para Flávia, uma das maiores recompensas de ser escritora é receber mensagens de leitores que foram tocados por suas palavras. Muitas dessas trocas se transformam em amizades, em conversas que seguem para além do livro.

“Fico muito feliz em conhecer quem se sentiu ajudado pela minha escrita”, diz. É essa relação direta com o leitor, íntima, honesta e generosa, que sustenta sua literatura. Porque para ela, escrever é, antes de tudo, compartilhar.

Incentivo às outras mães

Quando perguntada sobre o que diria a outras mães que desejam escrever suas próprias histórias, Flávia responde com clareza e simplicidade: “Anotem o que vier à mente. Depois, organizem. Quem sabe isso não vira um texto, uma história, um livro?”

Sua própria trajetória prova que as palavras que nascem do coração têm um destino certo: tocar outras vidas.

Com suas obras: Diferenças em Comum (2010); Por Correspondência (2014); Quatro Letras (2016); O Amor que Mora em Mim (2019); Histórias do Lucas (2023); Outro Você (2024); Enquanto Vocês Crescem (2025), Flávia Camargo construiu uma carreira literária que é um convite à empatia, à escuta e ao cuidado com os afetos.

Neste Dia das Mães, celebramos não apenas a autora, mas a mulher que transforma o cotidiano, a maternidade e a dor em algo muito maior: literatura que acolhe, abraça e cresce junto com a gente. Siga Flavia Carmargo no Instagram e fique por dentro de todas as novidades e últimos lançamentos.

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Jornalista formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Mestrando em Comunicação pelo PPGCOM da UFPE. Amante da cultura pop, apaixonado por livros e adora escrever sobre temas diversos. Além disso, é um entusiasta de música, filmes e séries, sempre buscando explorar e compartilhar suas impressões sobre o mundo do entretenimento.

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