
Premonição 6: novo capítulo inova sem deixar aquilo que fez a saga famosa
O primeiro filme de Premonição, foi lançado no ano 2000, em uma era que o terror slasher dominava, como os da franquia Pânico. Mas essa nova saga tinha um assassino diferente: a Morte. Em vez de ser um maníaco que matava um por um, era o próprio destino que ia atrás das suas vítimas. Premonição 6: Laços de Sangue inova essa fórmula, sendo o novo capítulo retratando uma única família.
Stefani (Kaitlyn Santa Juana) é uma universitária que tem tido pesadelos recorrentes sobre uma única história: em 1960, um grupo de pessoas morre de forma trágica em um restaurante suspenso inaugurado recentemente. A jovem não reconhece ninguém do seu sonho, a não ser Iris (Brec Bassinger/Gabrielle Rose), sua avó, com quem não tem contato.
Dessa forma, Stefani se vê atormentada por esses pesadelos e resolve procurar respostas em sua família, mas encontra familiares relutantes, pois nenhum mantém contato com a avó, por acreditarem que ela é uma lunática obcecada pela morte, mas a estudante vai atrás para tentar desvendar esses pesadelos e é aí que ela descobre que sua avó teve um presságio e acabou salvando a vida de várias pessoas que estavam nesse novo restaurante.
Porém, essas pessoas deveriam morrer e Iris apenas adiou suas mortes. Com o tempo, eles criaram famílias, essas que nunca deveriam ter existido. Assim, a Morte vai atrás de cada um que estava na torre que deveria ter caído, e de seus familiares também. Quando uma pessoa da família de Stefani morre, ela tenta alertar seus parentes que o destino irá atrás deles, mas inicialmente ninguém acredita nela.

Sendo um dos melhores filmes da franquia, Premonição 6 consegue se reinventar com a nova história se passando dentro de um único núcleo familiar, o que mostra as perdas de uma forma muito mais visceral do que nos outros filmes, em que são adolescentes que mal se conheciam ou que não tinha tanta proximidade assim como um familiar.
O início do filme é icônico e a tensão presente por todo o longa é simplesmente aterrorizante, daquele jeito que só os filmes de Premonição conseguem fazer e nos deixar inquietos ao assistir todas as mortes que seguem. Nesse novo capítulo, as mortes continuam criativas, memoráveis e chocantes.
Com um maior apelo emocional do que os filmes anteriores, o longa também consegue surpreender os fãs da saga de terror, inovando, mas ainda se mantendo fiel aquele filme dos anos 2000. A tensão é construída aos poucos, na medida certa para que o telespectador se surpreenda e fique curioso com o que vem a seguir.
Ao longo das cenas, vemos a personagem principal procurando onde a Morte pode agir e tentando evitar a qualquer custo aquilo que parece ser inevitável. Tudo isso de um jeito muito protetor, já que são seus familiares que podem morrer. Por isso, Stefani fica desesperada e busca o tempo todo mudar a direção que a vida de seus parentes pode seguir, mas, como fica claro nos outros filmes da franquia, com o destino não se brinca.
Além disso tudo, o filme conta com uma participação de Tony Todd, que interpretou novamente o marcante William Bludworth, e faleceu, aos 69 anos, em 6 de novembro de 2024. Sua aparição é rápida, mas é bastante esclarecedora e é uma bela homenagem para o ator, que participou de quase todos os filmes da série e é ele quem explica para os personagens do primeiro filme, que também estão tentando driblar seu destino fatal, sobre a lista da Morte e sua ordem.
14 anos se passaram desde o último filme de Premonição, o que deixou os fãs ansiosos para esse novo capítulo. E em Premonição 6: Laços de Sangue, podemos ver aquilo que vimos nos filmes anteriores, mas também um novo jeito que a Morte pode assombrar, abrindo espaço para novas produções.