A Quimera”, de Claudeomiro Felheiro, é uma obra eletrizante que desafia a verdade e a justiça
O livro A Quimera, de Claudeomiro Felheiro, é um intrigante thriller jurídico que mergulha fundo no emaranhado de dilemas morais, falhas sistêmicas e preconceitos sociais. O autor constrói uma narrativa envolvente que desafia o leitor a questionar verdades aparentemente incontestáveis e refletir sobre a fragilidade da justiça.
A história começa com um crime brutal: o assassinato de uma mulher, esposa e mãe, que abala uma pequena comunidade. Todos os olhos se voltam para o principal suspeito, um homem cuja ligação com o crime parece inegável após a descoberta de material genético compatível com o seu ao lado do corpo da vítima. A força dessa evidência dá início a um turbilhão de julgamentos públicos e legais, levando o acusado à beira do desespero.
Claudeomiro Felheiro se destaca na construção do clima de suspense. Desde o início, o leitor sente a opressão crescente sobre o acusado, que luta não apenas contra as acusações formais, mas também contra o preconceito coletivo que rapidamente o julga culpado. A pergunta central é inquietante: será ele um monstro ou a vítima de um erro trágico?
O ponto alto da trama é a introdução da advogada de defesa, uma profissional habilidosa e corajosa que decide assumir o caso, mesmo diante da hostilidade social e da complexidade das evidências contra seu cliente. Sua busca pela verdade é o motor da narrativa, guiando o leitor por uma investigação meticulosa e reveladora
Felheiro aborda com maestria os dilemas éticos enfrentados pela advogada. Até onde ela deve ir para defender alguém que, aos olhos de todos, é culpado? Sua convicção de que a justiça não pode se basear apenas em aparências ou evidências superficiais a torna uma personagem fascinante. Ao mesmo tempo, sua luta é marcada por dúvidas e tensões, o que a torna humana e próxima do leitor.
A trama também é uma crítica contundente às falhas do sistema jurídico e forense. Felheiro explora como provas consideradas irrefutáveis podem ser questionadas e até mesmo manipuladas.
A descoberta de lacunas na investigação forense, somada à análise da cadeia de custódia das evidências, lança dúvidas sobre a validade das acusações. Essa abordagem torna o livro não apenas uma história de suspense, mas também uma reflexão sobre os perigos de confiar cegamente na ciência sem considerar o contexto e possíveis erros humanos.
O título A Quimera é uma metáfora poderosa que permeia toda a narrativa. A palavra remete a algo ilusório, uma mistura de real e imaginário, que reflete perfeitamente o dilema do caso: a verdade é sempre clara ou pode ser uma construção distorcida pelas circunstâncias? Essa dualidade está presente em todos os aspectos do livro, desde as provas até os personagens.
O acusado, por exemplo, é apresentado de forma ambígua. Seus traços de personalidade, comportamento e passado levantam dúvidas sobre sua inocência, mas também despertam empatia. Já a vítima é retratada muito mais do que um símbolo de tragédia, mas como alguém com segredos que podem complicar a narrativa simplista de “bem contra o mal”.
Sem entregar spoilers, é possível afirmar que o final de A Quimera é tão imprevisível quanto satisfatório. Claudeomiro Felheiro mantém o leitor em suspense até a última página, com revelações que desafiam expectativas e lançam luz sobre as complexidades da natureza humana e da justiça.
A Quimera é um livro que vai além do entretenimento. Com uma narrativa fluida e personagens bem desenvolvidos, Claudeomiro Felheiro cria uma obra que combina elementos de suspense, drama e crítica social.
É uma leitura indispensável para aqueles que apreciam histórias densas e provocativas, capazes de instigar reflexões profundas sobre os limites da justiça e os desafios éticos que moldam nossas decisões.
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