O que você faria se o mundo estivesse prestes a acabar: emocional, social ou literalmente? Para Luísa e Lucas, o fim do mundo é mais do que uma metáfora. É o pano de fundo para um embate de ideias, visões de mundo e, claro, sentimentos que surgem quando menos se espera.

Em Fugindo do Fim do Mundo, Fabiana Botinha entrega uma narrativa vibrante, reflexiva e cheia de química entre os personagens, daquelas que nos faz rir, pensar e, principalmente, sentir.

Um encontro de opostos (ou nem tanto)

Luísa é metódica, idealista e apaixonada por transformar o mundo com ideias sólidas e bem argumentadas. Estudante de psicologia, acredita que compreender os sistemas sociais é o caminho para uma mudança real na vida.

Já Lucas é o oposto em essência: carismático, provocador, acredita nas mudanças cotidianas, na força do indivíduo e no poder do “pequeno gesto”.

Os dois se encontram em um projeto acadêmico, e o que poderia ser só mais uma atividade obrigatória se torna um verdadeiro campo de batalha intelectual (com direito a olhares demorados e diálogos cheios de faíscas).

A dinâmica entre eles é deliciosa de acompanhar. Enquanto Luísa tenta manter o foco e fugir da tentação de se perder na presença magnética de Lucas, ele transforma cada encontro em um novo desafio. Suas provocações, ora leves, ora intensas, servem como combustível para a relação que cresce no ritmo de debates, cafés e reflexões existenciais.

Uma história que vai além do romance

Fugindo do Fim do Mundo não é só sobre tensão romântica. O título é uma provocação constante. O “fim do mundo” aqui é simbólico, claro, mas também real: está nos conflitos sociais, nas incertezas sobre o futuro, na pressão por ter um propósito, nos medos que assombram uma geração que vive à beira do colapso emocional.

Fabiana Botinha trata com sensibilidade temas como idealismo, saúde mental, propósito e pertencimento. Ela faz isso por meio de diálogos inteligentes, personagens com profundidade emocional e um cenário universitário que não é idealizado, mas retratado com nuances e dilemas reais.

Quem já se sentiu perdido no meio de um mar de ideais vai se identificar com Luísa. Quem já usou o humor como escudo, vai reconhecer Lucas.

Paixão, humor e crescimento

Um dos grandes méritos do livro é equilibrar tão bem leveza e profundidade. As cenas entre os protagonistas têm uma pegada divertida e cheia de química, que agrada facilmente aos fãs de slow burn e de casais que se desafiam.

Ao mesmo tempo, há espaço para o amadurecimento pessoal, para o reconhecimento das próprias contradições e para o entendimento de que fugir do fim do mundo talvez não signifique escapar dele, mas enfrentá-lo, com alguém ao lado.

É especialmente bonito acompanhar como Luísa e Lucas, tão diferentes à primeira vista, acabam se influenciando mutuamente. O livro mostra que ceder não é fraqueza, mas uma forma de evoluir. Que mudar de ideia pode ser o primeiro passo para encontrar um novo caminho.

Com uma escrita fluida, ágil e extremamente envolvente, Fabiana Botinha constrói um romance que é, ao mesmo tempo, viciante e reflexivo. A autora sabe exatamente quando deixar o leitor suspirando e quando cutucar com um pensamento mais profundo. O resultado é um livro que diverte, emociona e inspira.

Fugindo do Fim do Mundo é para quem ama histórias com personagens inteligentes, diálogos afiados, boas doses de sarcasmo, e uma trama que nos lembra que o amor, assim como a mudança, começa de dentro pra fora.

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Jornalista formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Mestrando em Comunicação pelo PPGCOM da UFPE. Amante da cultura pop, apaixonado por livros e adora escrever sobre temas diversos. Além disso, é um entusiasta de música, filmes e séries, sempre buscando explorar e compartilhar suas impressões sobre o mundo do entretenimento.

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