Em meio aos caminhos da educação e da fantasia, Jaqueline Santos encontrou na escrita uma forma de se reconhecer, de se escutar e, finalmente, de se revelar. Professora, pedagoga e psicopedagoga com ênfase em educação inclusiva, ela transita entre o mundo da sala de aula e o universo da imaginação com a mesma delicadeza com que conduz as palavras de seu primeiro livro: Confissões de uma Desconhecida.

Neste livro de poemas, ela transforma dúvidas, silêncios e emoções em literatura sensível, íntima e honesta. Uma estreia construída com coragem, após anos de hesitação, bloqueios criativos e amadurecimento pessoal.

Da fantasia para a poesia: uma mudança inesperada

Apaixonada por livros desde sempre, Jaqueline cresceu cercada por histórias que expandiam o mundo: Alice no País das Maravilhas, O Pequeno Príncipe, As Crônicas de Nárnia; obras que alimentaram sua imaginação e ajudaram a construir sua visão poética da vida. C.S. Lewis e William Shakespeare, dois mestres da fantasia e da profundidade humana, tornaram-se suas referências literárias mais fortes.

Não é surpresa, então, que sua primeira ideia de livro tenha sido um romance de fantasia. Era o gênero que fazia seu coração bater mais forte. No entanto, ao longo do processo criativo, percebeu que havia algo mais urgente querendo sair: poemas, desabafos, pensamentos íntimos e confissões silenciosas que há muito tempo se acumulavam.

Assim nasceu Confissões de uma Desconhecida, uma obra que Jaqueline escreveu ao longo de três anos, lutando contra o bloqueio criativo e as inseguranças que acompanham qualquer primeira vez.

“Embora eu goste de escrever, às vezes tenho dificuldade de organizar as ideias e emoções”, confessa. Ainda assim, perseverou. E quando o livro finalmente ficou pronto, veio a dúvida: publicar ou não?

A coragem de se mostrar ao mundo

Depois de pesquisar sobre o processo de publicação, Jaqueline encontrou a Editora Viseu. Enviou o original por e-mail e, dias depois, recebeu um retorno positivo. Começava ali a jornada de edição, escolha de capa, revisão e, por fim, publicação. Era real.

“Confissões de uma Desconhecida” tornou-se mais do que um livro. Foi o marco de uma nova fase, onde a autora se permitiu ser lida, vista, conhecida. Cada poema carrega um pouco de suas angústias, reflexões e descobertas. A escrita, que antes era uma atividade íntima, silenciosa, ganhou agora o espaço da partilha.

Mesmo sem ter planejado escrever poesia, Jaqueline percebeu que os versos estavam sempre com ela, como um modo natural de processar sentimentos. Ao colocar no papel o que antes ficava guardado, encontrou libertação, e também leitores dispostos a se reconhecer em suas palavras.

O mundinho de palavras e a arte que floresce

Além da escrita, Jaqueline tem descoberto novas formas de expressão. As cores e os traços se tornaram parte de sua vida, através da pintura. “Ainda não sei para onde essas cores vão me levar”, diz, “mas no momento tudo que me toca a alma é transformado em pinceladas de tinta em uma tela em branco.” É um novo território criativo, tão intuitivo quanto os versos que escreve.

Outro espaço que carrega sua assinatura emocional é o site Confidências e Citações sem Destinatário, um cantinho na internet onde ela compartilha pensamentos, fragmentos de livros, fotos do cotidiano e tudo que a move por dentro. Como uma extensão do livro, o site permite que ela continue o diálogo com o mundo, de forma leve e espontânea.

Literatura como lugar de refúgio e possibilidade

Para Jaqueline, escrever não é apenas uma atividade criativa, é um ato de autoconhecimento e conexão. Em meio às incertezas da vida adulta, da carreira e da sensibilidade que às vezes não cabe no dia a dia, a literatura se tornou um lar.

Ela continua apaixonada pelo gênero de fantasia, inclusive tem o desejo de publicar, um dia, um novo livro com sua editora dos sonhos, a DarkSide Books, que a conquistou como leitora e agora inspira seus próximos passos como autora. Esse sonho, agora, não parece mais tão distante.

De desconhecida a autora e cada vez mais próxima dos leitores

Confissões de uma Desconhecida é um título que diz muito, mas que, paradoxalmente, também anuncia um caminho de exposição e entrega. Ao escrever suas dores, Jaqueline permitiu que outros leitores se enxergassem nelas. E, como toda boa literatura, seu livro cria um espaço onde a vulnerabilidade se transforma em força.

O que começou como um experimento silencioso tornou-se o início de algo maior. Jaqueline Santos agora é mais do que uma autora estreante, é uma voz que traduz o que muitos sentem e não conseguem dizer.

E, mesmo que continue se chamando “desconhecida”, suas palavras certamente já começaram a fazer morada em muitos corações. Siga a autora no Instagram e fique por dentro de todas as novidades.