Dra.h.c. Lúcia Aeberhardt: uma ativista em defesa das mulheres e da dignidade humana
Lúcia Amélia Aeberhardt, conhecida como Lúcia Aeberhardt, é uma escritora suíço-brasileira, ativista cultural e social, palestrante e embaixadora da paz, cuja trajetória é marcada pela defesa incansável dos direitos das mulheres e das minorias.
Nascida em 12 de junho de 1967 em São Paulo, Lúcia se destacou ao longo das últimas duas décadas por seu trabalho humanitário, literário e artístico, sempre utilizando as artes como ferramenta de conscientização e transformação social.
Fundadora da ONG Madalena’s Suíça-Brasil, ela é um exemplo de determinação e resiliência no combate à violência e ao preconceito.
A fundação da ONG Madalena’s Suíça-Brasil
Nos últimos 25 anos, o trabalho de Lúcia Aeberhardt com a ONG Madalena’s Suíça-Brasil tem sido um pilar na luta pelos direitos das mulheres, especialmente as que sofrem violência doméstica, feminicídio, racismo, homofobia, tráfico de pessoas e exploração sexual.
A ONG tem como missão oferecer apoio a mulheres vítimas de preconceitos e abusos em diversas formas, promovendo um espaço seguro para recuperação emocional, social e profissional.
Lúcia reconhece que a arte, seja através da escrita, da música ou das artes visuais, tem o poder de curar feridas profundas e trazer à tona a força interior dessas mulheres.
Por meio de atividades como arte-terapia, palestras e projetos culturais, a ONG oferece a elas ferramentas para superar traumas e recuperar sua autoestima.
Ativismo cultural e social
A trajetória de Lúcia Aeberhardt vai muito além do trabalho social com a ONG. Ela se consolidou como uma figura respeitada no cenário cultural europeu e internacional, utilizando a literatura e a arte como armas poderosas em sua luta contra as injustiças.
Seus nove livros publicados em diversos idiomas – português, francês, alemão e inglês – abordam temas como a violência de gênero, tráfico de pessoas e os desafios enfrentados por mulheres em contextos adversos.
As obras de Lúcia podem ser acessadas em diferentes formatos, como E-books, audiobooks e vídeos, ampliando o alcance de sua mensagem e tornando-a acessível a um público diverso.
Como uma mulher poliglota e pós-graduada em Comunicação, Lúcia participa frequentemente de palestras e entrevistas em diferentes partes do mundo. Sua habilidade de se comunicar em múltiplos idiomas lhe permitiu levar sua mensagem para além das fronteiras da Suíça e do Brasil, fazendo-a conhecida em países como França, Alemanha, EUA e Tailândia.
Carreira musical e produção audiovisual
Além de escritora e ativista, Lúcia também tem uma carreira na música e no cinema. Em 2001, lançou seu primeiro CD intitulado ‘The Miracle’, uma obra trilíngue em inglês, francês e português, na qual Lúcia compartilha aspectos de sua vida e sua jornada de superação por meio de canções de sua autoria.
Esse trabalho a levou a participar de programas de televisão na França, Suíça e Alemanha, consolidando sua imagem como uma artista multifacetada.
Seu segundo CD, Lúcia Amélia’s Zeugnis, gravado em alemão, foi lançado em 2004 e se tornou um sucesso em várias regiões da Suíça e da Alemanha. Lúcia foi convidada a participar do programa Fenster zum Sonntag, do canal suíço SF2, o que aumentou sua visibilidade na Europa.
Sua incursão no cinema também é notável. Em 2004, produziu o filme Die Verwandlung (Metamorphosis) e, em 2005, lançou outro filme intitulado Pas seulement du pain/No solo de pan vive el hombre.
No ano seguinte, em 2006, ela abordou um tema delicado no documentário Suíça: Sonho ou Pesadelo, que explora a realidade sombria do tráfico de pessoas no país europeu.
Reconhecimento Internacional
O trabalho incansável de Lúcia Aeberhardt em prol dos direitos humanos e das mulheres não passou despercebido. Ela foi homenageada em diversas ocasiões por seu impacto social e cultural. Em 2009, recebeu o Troféu Imprensa na Suíça e na Alemanha, concedido pelo Jornal Perfil.
No Brasil, foi reconhecida com o título de Cidadã Camaragibense pela prefeitura de Camaragibe e, em 2010, a Câmara Municipal de Niterói lhe conferiu a Medalha Doutor José Clemente Pereira, em reconhecimento ao seu trabalho de prevenção nas escolas públicas.
Além disso, Lúcia foi convidada a participar de importantes eventos internacionais, como palestrante na ONU, em Genebra, no Rotary Club de Boca Raton, na Flórida, e em eventos no Consulado Geral do Brasil em Zurique e Genebra.
Sua história de vida, gravada em CD e traduzida para oito idiomas, também virou filme e pode ser lida no livro Minha História, ampliando ainda mais seu alcance.
Uma referência no cenário literário internacional
Lúcia Aeberhardt também é uma figura proeminente no cenário literário internacional. Como vice-presidente fundadora da Academia de Letras e Artes Luso-Suíça (ALALS), ela tem participado ativamente de feiras literárias em diversos países, incluindo a Feira do Livro de Genebra, Suíça, a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, e eventos em Portugal e Itália.
Entre os prêmios recebidos, destacam-se o Troféu Magníficos Sem Fronteiras (2016) e o Prêmio Berimbau de Ouro (2018), que reconhecem sua contribuição para a literatura e para o ativismo social.
Lúcia continua a inspirar tanto brasileiros quanto europeus com sua história de vida, suas conquistas e sua dedicação à luta por um mundo mais justo e inclusivo.
A Revista Ciga-Brasil, em 2010, descreveu Lúcia Aeberhardt como uma “lenda ativa”, um título que encapsula perfeitamente a sua importância. Sua jornada de vida, desde a infância no Brasil até sua atuação como embaixadora da paz e ativista social na Europa, é uma verdadeira lição de perseverança e coragem.
Seja por meio da literatura, da música ou do ativismo, Lúcia segue transformando vidas, inspirando outras mulheres a lutar por seus direitos e trazendo à tona discussões essenciais sobre justiça e igualdade.