
“Não Posso Deixá-lo”, da autora Maah Chaves, é um romance emocionante | 1° Livro da trilogia Afortunados
O amor é um presente raro, mas sustentá-lo ao longo do tempo pode se tornar um dos maiores desafios da vida a dois.
Em Não Posso Deixá-lo, primeiro volume da trilogia Afortunados, Maah Chaves nos entrega um romance intenso, doloroso e apaixonante sobre o que acontece depois do “felizes para sempre”.
Casamento em crise: quando o amor precisa resistir
Willy e Thomas formam um casal que parece saído de um conto moderno: amor à primeira vista na faculdade, casamento realizado, uma vida confortável.
No entanto, o que parecia um sonho começa a dar sinais de desgaste. Cinco anos depois de dizer “sim”, Willy se vê diante de um medo que o paralisa: o de ser traído e abandonado, exatamente como aconteceu com sua mãe.
A sensação de estar revivendo traumas familiares é devastadora. Os sinais de distanciamento, a frieza repentina, o peso das responsabilidades… Tudo aponta para uma crise conjugal profunda.
Maah nos leva pelas emoções de Willy com sensibilidade e força, retratando um homem que tenta manter o amor, mesmo quando tudo parece desmoronar.
Entre segredos e silêncios: o fardo de Thomas
Thomas, por sua vez, é o típico filho perfeito, aquele que carrega o peso do sobrenome, da tradição e da responsabilidade. Como herdeiro da firma de advocacia da família, ele vive em constante pressão.
Seu comportamento mais fechado e seu distanciamento emocional não nascem da falta de amor por Willy, mas de uma carga silenciosa imposta por expectativas familiares e segredos que ele foi forçado a guardar.
É aqui que Maah Chaves mergulha com profundidade em um dos temas centrais da obra: o quanto a família pode ser tanto porto seguro quanto tormenta.
O medo de decepcionar, a necessidade de se manter à altura do nome que carrega e a solidão que isso provoca são retratados de forma sincera e humana.
Amor, identidade e cicatrizes invisíveis
Um dos grandes méritos da narrativa está na forma como a autora retrata o amor entre dois homens de maneira realista e sem estereótipos.
Aqui, temos um casal maduro, com vidas estruturadas e um relacionamento que passa por altos e baixos, como qualquer outro. As dores, o ciúme, a falta de comunicação, o peso da rotina… tudo isso é apresentado com honestidade.
O romance também levanta reflexões importantes sobre identidade, pertencimento e sobre a pressão de se manter dentro de uma “imagem ideal” que não comporta fragilidades.
Willy deseja quebrar os padrões e não repetir os erros de seus pais. Thomas tenta ser tudo para todos, menos para si mesmo. A tensão entre esses dois mundos torna a narrativa ainda mais envolvente.
Narrativa fluida e emocionalmente envolvente
A escrita de Maah Chaves é direta, fluida e emocional. Ela consegue nos conduzir por momentos de ternura, desespero e esperança sem jamais perder o ritmo.
Os capítulos curtos e bem estruturados contribuem para uma leitura ágil, enquanto os diálogos intensos nos fazem mergulhar de cabeça nas dores e nos desejos dos protagonistas.
Com um enredo repleto de reviravoltas emocionais, Não Posso Deixá-lo é o tipo de livro que nos prende pelo coração.
O leitor torce, sofre e vibra com Willy e Thomas, e quando chega ao fim, fica com aquela vontade de saber mais, afinal, essa é apenas a primeira parte de uma trilogia.
Se você gosta de romances LGBTQIAPN+ com boa carga emocional, temas delicados e personagens bem construídos, essa história é para você. Ideal para quem valoriza amores reais, com todas as suas imperfeições e profundidades. Uma leitura que fala de amor, dor, renúncia e da força que existe quando duas pessoas decidem não desistir uma da outra.
Não Posso Deixá-lo é um convite ao olhar atento sobre os laços que construímos, e os esforços que fazemos para mantê-los firmes quando tudo parece desabar. Um início promissor para uma trilogia que promete ainda mais emoção.
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