Sérgio Geia, nascido em Taubaté, São Paulo, é um autor que carrega em suas obras a essência da vida cotidiana, misturada com a brutalidade e a delicadeza da existência humana.

Servidor da Justiça do Trabalho, cronista, contista e romancista, Sérgio Geia construiu uma carreira literária sólida ao longo dos anos, marcada por sua habilidade de contar histórias que cativam e fazem o leitor refletir sobre as complexidades da vida.

As primeiras inspirações

A paixão de Sérgio Geia pela escrita vem de uma habilidade natural: o gosto por contar histórias. Ele explica que, desde jovem, sempre gostou de narrar situações engraçadas ou dramáticas em suas conversas diárias. “Adoro contar histórias”, afirma. Esse talento foi transferido para o papel, onde ele encontra o espaço ideal para explorar suas ideias com profundidade e criatividade.

Geia menciona que sua estante é uma fonte de inspiração. Nela, autores como Lygia Fagundes Telles, Caio Fernando Abreu, Philip Roth e Alice Munro o influenciam diretamente. A descoberta de Munro, especificamente, teve um impacto profundo: “Seus contos são maravilhosos e estão me absorvendo intensamente”, revela.

O processo criativo e os desafios da escrita

A escrita, como ele descreve, não é um processo fácil. “Seria arrogância dizer que nunca experimentei bloqueio criativo”, confessa. Contudo, mesmo nos dias mais difíceis, Sérgio mantém uma rotina disciplinada. “Pode sair apenas um parágrafo, mas sempre sai”. Para ele, o ato de escrever é um compromisso diário, um esforço constante para produzir boa literatura.

No início de sua carreira, um dos maiores desafios foi adquirir a maturidade para suportar períodos de baixa produtividade. Ele acredita que a leitura crítica é um aliado valioso no amadurecimento de qualquer escritor. “Fazer boa literatura é um processo. E todo processo é uma marcha, um seguir adiante”, diz ele, com uma visão clara sobre a importância do crescimento contínuo como autor.

A conexão com os leitores

Sérgio Geia não escreve apenas para si; ele tem um diálogo íntimo com seus leitores. Uma de suas experiências mais significativas aconteceu quando um leitor o reconheceu na rua e puxou conversa.

Esse admirador mencionou como as crônicas de Geia o tocavam, e a troca foi muito significativa para o autor. Ele conta, divertido, como alguns leitores interpretaram um serial killer em um de seus contos, enquanto outros negaram veementemente a existência desse personagem. “Eu adoro”, diz ele, referindo-se à diversidade de interpretações.

A escrita diária e o espaço de criação

Geia tem uma rotina de escrita bem definida. Ele escreve todas as noites em seu cantinho especial, que chama carinhosamente de “toca”. Embora gostaria de escrever pela manhã, suas obrigações diárias não permitem. Mesmo assim, ele se dedica ao que realmente importa: escrever, seja por 30 minutos ou três horas.

A paixão pela literatura também se manifesta em seu trabalho como cronista do coletivo “Crônica do Dia”, onde contribui com textos duas vezes por mês. O coletivo, segundo ele, é um espaço fantástico para fãs de literatura que procuram leituras rápidas, únicas e instigantes. Sérgio Geia valoriza a diversidade e a frequência das publicações, que mantêm uma conexão constante com o público.

Obras e impacto literário

Entre as obras de Sérgio Geia, destaca-se o romance Confidências de um Sacerdote (2014) (para adquirir, envie um e-mail para sergiogeia@uol.com.br), onde ele aborda temas complexos como amor, adultério, celibato e homossexualidade, retratando a história de um padre apaixonado pela esposa do irmão. Este livro, publicado pela Cabral Editora, trouxe ao autor reconhecimento por sua capacidade de tratar de questões delicadas com profundidade.

Outro marco importante em sua carreira é Folha Vadia (2019) (para adquirir, envie um e-mail para sergiogeia@uol.com.br), uma coletânea de crônicas publicadas no Crônica do Dia e em jornais como o Matéria Prima e Jornal de Caruaru. Nesse livro, Geia explora o cotidiano, oferecendo uma visão crítica e poética sobre os eventos da vida.

Mais recentemente, em 2023, ele lançou Vocabulário de Memórias Ausentes, uma coletânea de contos inéditos que reforçam sua habilidade de transitar entre o drama e a sutileza, criando narrativas que estimulam a imaginação dos leitores. O livro pode ser adquirido no site da Editora Sinete.

Planos futuros e reflexão

Para o futuro, Sérgio Geia continua escrevendo contos e planeja uma nova coletânea em breve. Ele espera que suas histórias possam fazer com que os leitores experimentem, ainda que por alguns instantes, a vida de seus personagens, oferecendo uma experiência literária intensa e transformadora.

A literatura de Sérgio Geia é, nas palavras dele, uma janela para o cotidiano, uma mistura de fantasia, brutalidade e delicadeza. Seus leitores, atuais e futuros, podem esperar sempre histórias que estimulam a imaginação e que, por vezes, deixam marcas profundas na alma. Siga o autor no Instagram e fique por dentro de todas as novidades e últimos lançamentos.

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Jornalista formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Mestrando em Comunicação pelo PPGCOM da UFPE. Amante da cultura pop, apaixonado por livros e adora escrever sobre temas diversos. Além disso, é um entusiasta de música, filmes e séries, sempre buscando explorar e compartilhar suas impressões sobre o mundo do entretenimento.

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