Vivy Corral: a autora que fez da escrita sua melhor companhia
O que faz alguém se tornar escritor? Para Vivy Corral, a resposta vem desde a infância: escrever sempre foi sua maneira de existir no mundo.
Aos 7 anos, começou um diário e nunca mais parou. Aos 12, desenhava quadrinhos; aos 15, escreveu seu primeiro livro; aos 17, entrou na faculdade de Cinema para transformar essa paixão em profissão.
Mesmo trilhando um caminho promissor na arte, Vivy enfrentou os desafios de ser artista no Brasil. Trabalhou na produção do filme ‘A Princesa e o Sapo’, da Walt Disney Pictures, mas logo percebeu que talento e paixão nem sempre garantem uma vida financeiramente estável. Foi então que deixou a escrita de lado para se aventurar no universo pragmático da arquitetura e engenharia.
O que ela não sabia é que, mesmo afastada da arte, nunca deixou de contar histórias.
O retorno à escrita
Depois de anos longe da literatura, Vivy reencontrou seu próprio caminho ao revisitar aquele livro que escreveu aos 15 anos. Revisou, publicou e, a partir daí, vieram mais seis livros.
Sempre teve uma facilidade com o inglês, e por isso começou escrevendo nessa língua. Mas em 2023, decidiu traduzir suas histórias para o português e se conectar ainda mais com os leitores brasileiros.
Nesse processo, percebeu que sua visão sobre escrita criativa era diferente da tradicional e que muitos novos escritores buscavam exatamente essa abordagem inovadora. Assim, além dos livros, começou a compartilhar conhecimento e a ensinar o que aprendeu ao longo dos anos.
A escrita como companhia
Para Vivy, escrever vai muito além de um trabalho – é sua maneira de se conectar consigo mesma. Sempre gostou da solitude, mas nunca se sentiu sozinha, porque tinha suas histórias como companhia.
Com poucos amigos e uma relação familiar cheia de diferenças ideológicas, a escrita se tornou um espaço seguro para dialogar com seus próprios pensamentos, criar mundos e viver novas experiências.
Desde pequena, sua imaginação já funcionava como um verdadeiro roteiro. Suas bonecas não apenas brincavam, elas tinham enredos complexos, com motivos para cada ação.
Dormir, trabalhar, descansar – tudo precisava fazer sentido. Sem perceber, já praticava a construção de personagens e o que mais tarde se tornaria sua maior habilidade: criar narrativas envolventes.
De onde vem sua paixão por contar histórias?
Muito dessa paixão veio da família. Sua avó era uma das melhores contadoras de histórias que conheceu. Foi através dela que Vivy ouviu relatos que atravessaram gerações: sobre o avô que veio de Portugal, sobre as dificuldades da família, sobre como a vida se transformava com o tempo.
Mas o mais impressionante não eram apenas os fatos, e sim a maneira como sua avó os contava. Tudo parecia interessante quando saía de sua boca.
Outra grande influência foram os quadrinhos. Desde criança, acompanhava a mãe em consultas médicas e, como recompensa pelo bom comportamento, ganhava um gibi da Turma da Mônica.
Foi assim que começou a ver os livros como um refúgio, um presente que a transportava para outros mundos e tornava a realidade um pouco mais leve.
Escrever para fazer sentido
Hoje, Vivy Corral não apenas cria histórias, mas também ajuda outros escritores a encontrarem suas vozes. Seu objetivo é que cada leitor enxergue os personagens de forma completa, sem julgamentos apressados, entendendo suas camadas e motivações. Para ela, uma boa história precisa provocar reflexões e despertar emoções genuínas.
Mais do que um talento, a escrita sempre foi seu lugar favorito no mundo. Desde as páginas do diário da infância até os livros publicados, contar histórias sempre foi sua forma de existir, e ela ainda tem muitas histórias para compartilhar.
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