Resenha: Que Diabos Você Foi Fazer no Everest? – Nelson Cruz

O que leva alguém, aos 50 anos de idade, sem histórico de aventuras extremas, a encarar as trilhas do Himalaia rumo ao Campo Base do Everest? Para muitos, essa ideia parece um devaneio. Para Nelson Cruz, tornou-se uma jornada transformadora – e é exatamente isso que ele compartilha em Que Diabos Você Foi Fazer no Everest?.

Mais do que um relato de viagem, o livro é um convite para refletir sobre desafios, superação e a redescoberta de si mesmo. O leitor acompanha cada passo da trajetória de Nelson, desde a decisão inicial até os momentos mais intensos da caminhada, enfrentando não apenas o esforço físico, a altitude e o frio, mas também os próprios limites internos.

Uma jornada além das montanhas

Desde o início, Nelson deixa claro que nunca foi um alpinista. Sua admiração pelos aventureiros do Everest sempre existiu, mas ele próprio nunca imaginou que estaria ali, enfrentando as condições desafiadoras do Himalaia.

No entanto, ao chegar aos 50 anos, algo nele despertou: a necessidade de uma mudança, de um desafio que o levasse além da zona de conforto.

A narrativa intercala a preparação para a viagem com lembranças da infância e da influência do pai, um amante da natureza e do camping. Essas memórias criam uma camada emocional à jornada, mostrando que a aventura não começou apenas no dia em que ele pisou no Nepal, mas estava enraizada em sua história desde muito antes.

O Everest como metáfora da vida

O trekking até o Campo Base do Everest não é uma simples caminhada. É um teste de resistência, paciência e resiliência.

Ao longo do percurso, Nelson lida com o cansaço extremo, os efeitos do mal da montanha e os desafios da convivência com seus companheiros de jornada. No entanto, é a paisagem avassaladora e a cultura sherpa que o transformam profundamente.

Cada passo rumo ao Campo Base é, na verdade, um passo para dentro de si mesmo. Entre montanhas gigantescas e templos budistas, ele se vê diante da pequenez humana diante da natureza e da grandiosidade do espírito. A jornada, antes física, torna-se espiritual.

Nelson começa a enxergar o mundo com outros olhos, deixando para trás uma visão mais materialista da vida para abraçar algo mais profundo e essencial.

Uma escrita envolvente e reflexiva

O grande mérito do livro é a maneira como Nelson Cruz narra sua experiência. A linguagem é acessível e envolvente, transportando o leitor para as trilhas do Himalaia, fazendo com que quase possamos sentir o ar rarefeito e o frio cortante das montanhas.

Diferente de relatos técnicos sobre montanhismo, Que Diabos Você Foi Fazer no Everest? não foca apenas nos desafios físicos da expedição, mas sim no impacto emocional e filosófico da experiência.

O leitor acompanha os pensamentos do autor, suas dúvidas, suas epifanias e suas pequenas conquistas diárias ao longo do percurso. É um livro que nos faz questionar: quais são os nossos próprios Everests? O que nos desafia e nos tira da inércia do cotidiano?

Um livro para aventureiros – e para quem busca inspiração

Embora o livro seja uma ótima leitura para quem ama aventuras e viagens, ele vai muito além disso. Ele conversa com qualquer pessoa que já sentiu a necessidade de mudar, de buscar um novo significado para a vida.

Nelson Cruz nos mostra que nunca é tarde para se desafiar, para redescobrir o mundo e, principalmente, para se reconectar consigo mesmo. Seu relato sincero e sem heroísmos exagerados torna a história ainda mais inspiradora.

Que Diabos Você Foi Fazer no Everest? é mais do que um livro sobre trekking – é uma reflexão sobre a vida, os desafios que escolhemos enfrentar e a transformação que ocorre quando nos permitimos sair do previsível. Nelson Cruz compartilha sua jornada com honestidade e emoção, deixando o leitor com vontade de buscar seu próprio Everest, seja ele qual for.

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Jornalista formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Mestrando em Comunicação pelo PPGCOM da UFPE. Amante da cultura pop, apaixonado por livros e adora escrever sobre temas diversos. Além disso, é um entusiasta de música, filmes e séries, sempre buscando explorar e compartilhar suas impressões sobre o mundo do entretenimento.

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