O filme, estrelado pela talentosíssima Toni Collette, retrata a vida de uma mulher que leva uma vida tediosa e pacata com seu marido e seu filho, que está partindo para a faculdade. Logo depois, ela flagra seu marido traindo ela e sua vida vira ainda mais de cabeça para baixo quando descobre que seu avô, com quem não tem contato, faleceu e deixou de herança para ela o império mafioso que ele criou.

Um filme sobre a máfia com uma mulher no papel principal não é algo comum de se ver, além do mais com uma mulher empoderada e mensagens que enaltecem as mulheres, é mais difícil ainda. É normal filmes desse estilo se passarem na Itália, e esse não foge da regra, mas isso não diminui o filme.

Ao receber a ligação sobre seu avô, sua vida muda completamente, sem saber o que lhe aguarda, ela vai sofrer uma grande transformação na sua vida. De uma pacata vida nos Estados Unidos,, para uma chefona da máfia italiana. A pergunta que todos se perguntam é: será que ela consegue? Ela nunca teve um mísero contato com nenhum tipo de crime, como eu disse ela vivia uma vida tranquila, e de repente, tudo muda.

Com uma mistura de drama, comédia e violência trash, o filme combina esses três elementos de um jeito perfeito, onde tudo parece combinar e estar no lugar certo, tudo se encaixa. O roteiro divertido de  Amanda SthersJ. Michael Feldman e Debbie Jhoon que faz uma mistura no jeito americano de ser e com a máfia italiana foi um grande acerto e transforma o filme em um longa-metragem para se divertir.

Ao fazer referência a filmes como “Comer, Rezar e Amar” e “Sob o Sol da  Toscana”, mostra como é importante a autoestima de uma mulher. E é isso que Kristin mais procura: encontrar a si mesma. Já que se deixou muito tempo de lado ao manter  um relacionamento fracassado e ter continuado em um trabalho que não a valorizava. 

Esse filme tem uma forte mensagem feminista, afinal, nada mais feminista que mulheres que se valorizam, se impõe, se amam e tem poder. É esse todo o objetivo do filme: fazer com que a personagem interpretada por Toni Colette seja uma personagem empoderada. 

Ao apostar no humor, vemos cenas hilárias, como quando os mafiosos ficam com raiva de Kristin por ela nunca ter visto O Poderoso Chefão, ou quando ela marca encontro com a família rival e uma loja de gelato. Todas essas cenas são muito engraçadas e trazem humor na medida certa.

O filme tem um ritmo ágil, quando você perceber a hora passando, o filme já estará no fim. O que mostra que é uma bela obra para distrair a cabeça e apenas se divertir e aproveitar o filme.

Os escritores e a diretora do filme, poderiam muito bem tornar Kristin uma tria assassina, que encontra no crime sua felicidade. Mas, não é isso que ocorre. Ela mantém sua essência e apenas aprende a se colocar como prioridade e ver que suas questões também são importantes, e que ela deve se pôr em primeiro lugar.

Mesmo sofrendo preconceito por ser uma mulher, ela mostra que essa história que mulheres são piores que os homens é uma falácia. Mulheres têm tanta capacidade quanto um homem. Mesmo sendo subjugada no trabalho de publicitária e no novo papel de chefe da máfia, ela mostra que tudo é possível se acreditar em si mesma. 

Ela demonstra que ser uma mulher forte não quer dizer que deve abrir mão daquilo que faz você ser você mesma, ao contrário, use esses pontos ao seu favor. Por fim, fica claro que a mistura de ação, comédia e força feminina, dá muito certo.

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Jornalista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-graduanda em Ciência Política pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Apaixonada por tudo que envolve cultura pop e adora escrever sobre qualquer coisa que se passa pela sua mente. Louca por Demi Lovato, Taylor Swift, Harry Styles e Lana Del Rey e, sempre que possível, faz de tudo para ver um show deles. Contato: raquel.santa.rosa@hotmail.com

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