O novo filme do grande cineasta Christoper Nolan, Oppenheimer é um daqueles filmes que vai te deixar de queixo caído. Seja pelas atuações impecáveis ou pelo enredo do filme, é difícil não sair do cinema extasiada com tamanha qualidade da obra cinematográfica.

O filme apresenta aos telespectadores o brilhante físico, que vemos que não é muito estável mentalmente, e luta com seus fantasmas internos. Ao alternar cenas do passado e futuro, ficamos curiosos de saber o que aconteceu para que chegasse a situação em que Oppenheimer é julgado.

Baseado em fatos, o filme conta a história de J. Robert Oppenheimer, um físico estadunidense considerado o pai da bomba atômica. Ele, junto com uma equipe, comandou o projeto Manhattan, que durante a 2ª guerra mundial tinha como objetivo criar uma bomba fortíssima, e extremamente letal, para derrotar os nazistas.

Esse projeto culminou nas terríveis bombas lançadas no Japão, no território de Hiroshima e Nagasaki em 1945, que matou mais de 140.000 pessoas. Até onde vai o ser humano em busca da vitória, disputando território e poder numa invenção diabólica que é a guerra?

O próprio Oppenheimer se sente dividido e afirma que que tem sangue nas mãos. Mas será que devemos culpar quem mandou saltar a bomba ou quem a idealizou? Ou os dois? Nessa história não há inocentes.

Com 3h de duração é um filme gigante e que veio para conquistar diversos prêmios. A atuação de Cillian Murphy é de tirar o fôlego, junto com todo o elenco, com destaque para Emily Blunt que interpreta sua esposa.

Outro ator que merece os parabéns é Robert Downey Jr. Ele interpreta de forma brilhante o político Lewis Strauss, que é ambicioso e está no meio do julgamento das implicações da bomba atômica que tem como papel central Oppenheimer. 

Florence Pugh é um talento desperdiçado no filme, pois ela é uma grade atriz e aparece em 4 cenas, mais ou menos, interpretando a amante do físico, mas que impactou profundamente a vida dele.

A técnica na cinebiografia merece destaque também, algo que merece ser levado em conta nos filmes do diretor Christopher Nolan, e que é um espetáculo à parte: toda a direção, fotografia e outros aspectos. Ele utiliza da melhor forma todas as ferramentas do cinema, e nesse filme não é diferente.

No início do filme já vemos que Oppenheimer era uma figura complexa e causava por onde passava, principalmente por suas opções políticas. Apoiador de causas de esquerda, era corajoso, nesse aspecto, pois ser associado a essas posições políticas era considerado crime nos Estados Unidos. 

A tensão que permeia o filme é um dos principais pontos que vai ter deixar fissurado na tela e querer saber como tudo termina e porque Oppenheimer aparece sendo julgado.

Toda essa tensão e ansiedade vem em grande parte da trilha sonora, ao criar esse ambiente cheio de expectativa, afinal, sabemos que a bomba atômica existiu e matou milhares de pessoas e que continuou, e continua, sendo uma ameaça a sobrevivência humana.

Outro aspecto do filme bastante interessante é que mostra como Oppenheimer foi usado pelo governo norte-americano e dispensado assim que foi extraído tudo o que queria dele, sendo descartado e tratado com desconfiança por parte do governo.

É um filme angustiante e incômodo, além de tudo, trata de uma história real, o que torna toda a atmosfera cinematográfica mais realista e faz com que você sinta a experiência do filme mais ainda.

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Jornalista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-graduanda em Ciência Política pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Apaixonada por tudo que envolve cultura pop e adora escrever sobre qualquer coisa que se passa pela sua mente. Louca por Demi Lovato, Taylor Swift, Harry Styles e Lana Del Rey e, sempre que possível, faz de tudo para ver um show deles. Contato: raquel.santa.rosa@hotmail.com

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